quarta-feira, 27 de janeiro de 2010


O nosso amor morreu... Quem o diria!
Quem o pensara mesmo ao ver-me tonta,
Ceguinha de te ver, sem ver a conta
Do tempo que passava, que fugia!

Bem estava a sentir que ele morria...
E outro clarão, ao longe, já desponta!
Um engano que morre... e logo aponta
A luz doutra miragem fugidia...

Eu bem sei, meu Amor, que pra viver
São precisos amores, pra morrer,
E são precisos sonhos para partir.

E bem sei, meu Amor, que era preciso
Fazer do amor que parte o claro riso
De outro amor impossível que há-de vir!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Caruso

Aqui onde o mar brilha e sopra forte o vento
Sobre um velho terraço em frente ao Golfo de Sorrento
Um homem abraça uma mulher depois de ter chorado
Depois limpa a voz e recomeça o canto
Eu amo te tanto sabes, mas tanto, tanto , sabes?
É uma corrente agora que faz o sangue queimar nas veias, sabes?
Viu luzes em alto-mar, lembrou de noites lá na América
Mas eram só lanternas a brilhar, no rastro branco de uma hélice
Sentiu doer a música, levantou-se do piano
Mas vendo a luz surgir atrás de uma nuvem
Até a morte lhe pareceu mais doce
Olhou fundo nos olhos da mulher, aqueles olhos verdes como o mar
De repente viu escapar uma lágrima e pensou estar à afogar-se

Eu amo-te tanto sabes, mas tanto, tanto, sabes?
É uma corrente agora que faz o sangue queimar nas veias
Que poder é esse da ópera, onde todo drama é falso
Com um pouco de maquiagem e representação
podemos nos transformar em outro
Mas quando dois olhos te olham assim tão perto e verdadeiros
Te fazem esquecer as palavras, confundem teus pensamentos
Assim, tudo se torna pequeno
Também as noites lá na América
Você viu e vê a sua vida
Como o rastro de uma hélice
Mas, sim, essa vida que se acaba
E ele nem pensou sobre isso
Ou, ao contrário, ele já se sentia feliz
E recomeçou seu canto

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Ao colega e amigo Sérgio


Neste dia de muita tristeza, quero prestar homenagem ao nosso colega Sergio que viu a sua vida ceifada aos 36 anos. Apesar do pouco tempo que teve, conseguiu destacar-se pela sua personalidade, postura, sorriso mas principalmente pela tranquilidade que nos transmitia. Por tudo isto, dedico-lhe a minha ópera preferida, "Caruso", cantada por um dos melhores, visto tu teres sido de entre nós também um dos melhores. "A morte é apenas começo!"

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010