segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Pour AC

Amor desta tarde que arrefeceu
as mãos e os olhos que te dei;
amor exato, vivo, desenhado a fogo,
onde eu próprio me queimei;

amor que me destrói e destruiu
a fria arquitectura desta tarde
- só a ti canto, que nem eu já sei
outra forma de ser e de encontrar-me.

Só a ti canto que não há razão
para que o frio que me queima os olhos
me trespasse e me suba ao coração;

só a ti canto, que não há desastre
donde não possa ainda erguer-me
para encontrar de novo a tua face.

3 comentários:

Anónimo disse...

Lindo...

Anónimo disse...

andas a por e tirar comentarios nos blogs dos outros?

Anónimo disse...

Que se passa? Tão calada...